10 junho, 2007

Feriado. De quê, mesmo?

Subiu tudo do estômago para o meio da cabeça. Doeu, doeu, sem haver remédio para dar jeito. Para corroborar, aquela sensação de que haviam roubado meu chão e o resto da minha santa paciência. Nem a comida aguentou, segurou uns instantinhos mas também fugiu às pressas. A essa altura, sem aguentar tamanha pressão, já havia desmaiado sobre o sofá cheio de poeira. Não era sono, era cansaço. Dos filmes no quarto, da comida de geladeira e do vento silencioso na varanda. Era o marasmo que apodrecia meus neurônios e minhas veias, me deixando sem ar puro. E não havia ninguém, nem mesmo um despertador de celular carregado, para me acordar do pesadelo de estar viva e sentir nos ombros o peso de um fim-de-semana mais prolongado do que deveria ter sido.