30 maio, 2007

Sentimento

Tá cheio de borboletas na minha barriga.
É tão bom sentir essa sensação de novo...

29 maio, 2007

Nostalgia in "scriptum"

Prato de jantar com talher em cruz. Capuccino em pó dissolvido na água quente, farelos de pão em cima da mesa e pedaços de palito quebrados ao redor da xícara. Televisão ligada, e muda. Noite quente. Solidão inesperada.

Lá estava ela, orelhas retorcidas, folhas amareladas, em seu isolamento permanente na banquinha de centro. Esquecida, também.

Pegou. Soprou a poeira. Pôs em cima dos farelos de pão. Abriu na letra L.

Liana Borges, amiga da faculdade que facilitou sua vida nas provas de filosofia. Dr. Lauro Coelho, oftamologista que curou a catarata incurável da avó. Lasagneta, comida italiana para pedir e comer em casa. Lucas, riscou. Lavanderia. Lúcia Ester, professora de canto lírico. Leonardo Porco, azar da mulherada no estágio. Laura, Tia Laís, Padre Lino...

Nomes, endereços, números, contatos, fatos.
Na mesa de centro, borrados de tinta azul em papel amarelado, tão presentes quanto silentes.

Abriu o C, o J, o P. Conhecia mais gente do que imaginava. Estavam todos ali, eternizados, cheios de lembranças e histórias inesquecíveis.

Fechou. Por um instante, esqueceu a solidão. Foi para o quarto e guardou os presente-ausentes na gaveta de cabeceira. Ficou melhor, depois de sentir a multidão. Dormiu (...)

26 maio, 2007

Longe demais para viver

Foi como num sonho, mas foi mais real que as mentiras que me contaram para dormir, durante tanto tempo.
Imagino se tivesse tido mais um instantinho para fazer minhas intermináveis descobertas, sobre aquilo que a vida nova guarda ainda na gaveta do meu armário. Porque as coisas mais óbvias estão sempre debaixo do meu nariz e eu nunca consigo ver.
Não precisava ter ficado menos que fiquei, precisava?
Poderia ter voltado e ter chegado menos ou bem mais feliz do que fui.
Poderia ter adquirido as certezas que não sei se ainda posso vir a ter.

Não sei, esse é um tempo condicional demais para mim. Por todas as coisas que me aconteceram e, especialmente, pelas que não.

Ainda nego um coração teimoso, que não aquieta um segundo, e que ainda parece pulsar lembranças inesquecíveis para as quais voltei. E de onde quero ir embora, já.

Preciso voltar. Preciso reencontrar o que perdi ou o que não me deram tempo de achar.

16 maio, 2007

O que seria?

Do açucar sem o sal.
Do preto sem o branco.
Do sol sem a chuva.
Do sorriso sem a lágrima.
Do silêncio sem o som.
Da noite sem o dia.
Da vida sem a morte.
Das férias sem o trabalho.
Do cheiro sem o odor.
Da flor sem o espinho.
Do amor sem outro amor.

12 maio, 2007

La vie en Rose...

Paris é inesquecível, com suas ruas chiques e sua gente linda que cheira a suor com perfume francês. Não importa, ainda assim tudo é bonito demais pra uma simples mortal, como eu.

O Rio Sena parece uma veia em que pulsa o explendor e a magia da cidade luz. Foi a caminhar por suas margens que percebi como a gente é feliz e não entende. O quão pouco tempo temos para fazermos tudo e para ver o mundo.
E foi lá que escrevi, muito, e senti saudades.
Saudades do que fui e do que ainda quero ser.

E agora, em Portugal, fiz um pouso de emergência por problemas técnicos no vôo. Acho que meu anjo da guarda viajou comigo e mandou um recadinho pra Deus, dizendo que preciso de mais tempo. Para cuidar mais das pessoas que amo e de mim mesma.

Estou bem, como nunca estive.
Mas já é hora, mesmo, de voltar pra casa...

04 maio, 2007

...

Dormia, dormia...
Queria que o tempo passasse para chegar.
A estrada era longa, rodeada de verde e de ovelhas marrons.
A poltrona do ônibus parecia fria e pequena demais para as descobertas daquele caminho sinuoso.
O nariz escorria com os 15 graus ao meio dia.
Era a Espanha, a 1000 metros acima do nivel do mar.
E o tempo, que era para passar, parecia arrastar-se em cada milésimo de segundo.
Paris parecia estar longe. Era meio caminho de volta a Roma.
Inesquecivel Roma.

01 maio, 2007

Roma...

Fui assaltada em pleno Vaticano, mas somente perdi minha camera digital com 200 fotos lindas...

Quero esquecer, pq outras coisas maravilhosas estao acontecendo.

Agora estou em Nice, de vista para um cais cheio de iates.

Isso eh lindo demais pra mim...

Rumo a Barcelona