28 agosto, 2007

Mari foi deixada... por uma ex e o golpe da barriga

Nem sei por que eu estou aqui escrevendo isso, mas espero concluir antes de ficar me questionando demais. Depois você imprime e rasga, por favor, pra ter certeza que existiu mesmo.
Passou apenas um mês (agora já quase dois) desde que você me deixou naquela noite fria, de sentimentos quebrados e de expectativas frustradas, e agora é que finalmente as coisas começam a vir à tona de forma mais real.
Fiquei sabendo da história da gravidez, do casamento às pressas, que confusão.
Que realidade tão antagônica com o homem centrado, planejador, romântico que conheci. Não sei se eu consigo acompanhar tantos acontecimentos que correm à velocidade da luz. Também não sei se tudo o que eu sinto é apenas decepção ou é muita preocupação mesmo. Preocupação com você. Sei que isso não foi programado na sua cabeça e tenho medo dos seus sentimentos assim, confusos. Você não teve tempo pra isso. Pode até parecer um sonho, olhando pelo lado bom da coisa, mas onde estão as certezas? Também acho que foi um golpe infantil (pra ser bondosa), você não merecia - me perdoe por achar isso, mas tenho esse direito, assim como todo mundo. Tenho pena, medo por você, por tudo que pode vir a acontecer como conseqüência. Tô com raiva também, porque as pessoas falam de você com pena, porque não pude te proteger disso, nem te alertar de coisas que eu sabia. Enfim, já aconteceu. Agora eu só espero que Deus possa consertar as coisas, só ele mesmo. Vou pedir muito isso pra minha santinha antes de dormir. E o pior é que ainda gosto de você como antes, com carinho... e tô muito chateada, não por mim, mas pela situação por tudo que eu imagino disso.
Te cuida. Descubra o que ainda tem que descobrir. E desculpa. Um beijo.

Nós e o Cajueiro

Estava dividindo com minha irmã uma lembrança incrível de nossa infância. Aos domingos, geralmente depois do almoço, íamos a uma lagoa perto de onde minha mãe nasceu para nadar em bóias, ou melhor, câmaras de ar que serviam de bóias, e em cima de troncos de árvores que flutuavam e nos serviam de cavaletes para pular na água, uma brincadeira divertida que nos cansava por todo o fim-de-semana e deixava nossos rostinhos rosados do sol. Não tínhamos mais que seis ou sete anos. E lá tinha um cajueiro cujos galhos espalhavam-se pelo chão, nos permitindo subir e descer por atalhos diferentes. Certa vez, escorreguei e fiquei pendurada num galho, segurando o corpo pelas mãozinhas frias de medo. Lembro que meu tio, que era quase da minha idade, me ajudou a subir de volta, alcançando minhas pernas. Acho que Deus coloca mesmo um anjo perto de cada criança para protegê-la, porque a gente não tinha noção de perigo. Fazíamos de tudo sem um pingo de medo, sempre em busca de uma nova aventura. Outra vez, a astuta da minha irmã inventou de fazer cocô dentro da lagoa, achando que ninguém ia ver. De repente, lá vai aquele negocinho boiando, carregado pela correnteza. Todo mundo morreu de rir, inclusive ela. Não fui eu, não fui eu!, gritávamos na maior algazarra. Outra coisa legal era soltar “pum” dentro da água, porque fazia bolhas. E a gente ria, mais do que qualquer criança no mundo. E assim, a gente era feliz, muito feliz, e nem sabia o quanto. Como foi bom lembrar disso, depois de tanto tempo....

14 agosto, 2007

Decepção

As pessoas por quem nos apaixonamos só existem mesmo dentro da cabeça da gente. Paixões são sempre mais irreais do que imaginamos. Ainda assim, confiando na margem de risco, alguns casos superam a expectativa de decepção.

Tenho uma grande amiga que diz que a gente não deve deixar de acreditar na bondade das pessoas, mas ao mesmo tempo, contraditoriamente, ela me ensina que quanto mais colecionamos decepções mais descrentes nos tornamos em relação aos outros.

Sabe, acho que todo mundo tem direito de ser o que quiser, de fazer as escolhas que achar convenientes, mas acho que ninguém tem o direito de desrespeitar os sentimentos alheios.

(...)

Só Deus sabe, mas estou mais feliz agora.
Entendo que existem caminhos melhores.
Estou trilhando o meu, faz é tempo, e olha que eu nem sabia.