19 junho, 2007

Fênix

Eu aqui, permanente em minha mansidão, desta vez não mais abobalhada, diria... destemida, confiante e algoz. Picos de pensamentos muito bem assimilados, mas medos erroneamente atormentados por incertezas que subitamente aparecem quando resolvo rever meus conceitos.

Não deveria ser, penso. Mas é, inconscientemente. Não depende do querer, tantas vezes.

Havia por aqui, há pouco, cinzas que não eram minhas, mas que eu até desejei que fossem por uns instantes. Cinzas são apenas restos do que acabou e não passam disso, de resto fúnebre de fuligem, que serve pra absolutamente nada, nada mais.

Queria ter um lixo, um arquivo morto, para que pudesse ser para mim algo desprezível como deve ser aquilo que passa. Mas parece que meus cigarros não se apagam, nem terminam. Em tantas vezes penso que jamais verei as cinzas dos medos intimamente não superados, das certezas incertas, porque não suficientemente acreditadas. E descubro que cinzas interiores podem voltar a ser fogo, atormentar e fazer muita fumaça. Simplesmente porque ainda havia alguma chama que impedia o fim, que cedo ou tarde seria absolutamente inevitável.

Moral da divagação: todas as crenças não passam de desejos até que o tempo transmutem-nas em vida, em mágoa... ou em fuligem. É tudo uma questão de tempo.

14 junho, 2007

Curtas

...
....

10 junho, 2007

Feriado. De quê, mesmo?

Subiu tudo do estômago para o meio da cabeça. Doeu, doeu, sem haver remédio para dar jeito. Para corroborar, aquela sensação de que haviam roubado meu chão e o resto da minha santa paciência. Nem a comida aguentou, segurou uns instantinhos mas também fugiu às pressas. A essa altura, sem aguentar tamanha pressão, já havia desmaiado sobre o sofá cheio de poeira. Não era sono, era cansaço. Dos filmes no quarto, da comida de geladeira e do vento silencioso na varanda. Era o marasmo que apodrecia meus neurônios e minhas veias, me deixando sem ar puro. E não havia ninguém, nem mesmo um despertador de celular carregado, para me acordar do pesadelo de estar viva e sentir nos ombros o peso de um fim-de-semana mais prolongado do que deveria ter sido.

04 junho, 2007

Não precisa mudar

"Se eu sei que no final fica tudo bem
A gente se ajeita numa cama pequena
Te faço um poema e te cubro de amor"

Agora eu passo o dia cantando isso...